Cacau é remédio contra o estresse
O cacaueiro, árvore típica da Amazônia, brota um fruto que funciona como remédio contra certas mazelas do corpo. Para começar, o cacau, quando consumido de maneira e quantidade certas, estimula a produção de hormônios voltados para a sensação de prazer e bem-estar, chamados dopamina e serotonina. Até então, um benefício dos grandes em tempos de estresse nas alturas. Mas imagine que aliado à função relaxante, ele também oferece vantagens funcionais ligadas ao seu poder antioxidante.
Saiba que ele também possui flavonoides, substância que combate os radicais livres e o envelhecimento precoce das células do corpo. Isso sem falar nas propriedades vasodilatadoras, capazes de melhorar a circulação sanguínea e estimular uma melhora naquela disposição do dia a dia. Esse famoso “xô, preguiça” atribuído ao fruto também diz respeito à quantidade de cafeína, responsável por ativar o sistema nervoso central. “Tudo isso melhora a circulação sanguínea e favorece o bom funcionamento das artérias e do coração”, reforça a nutricionista Aline Gomes.
O melhor consumo
Em meio a tanto contexto positivo, comer chocolate logo parece ser uma atitude saudável e das mais prazerosas, certo? Depende. “Quanto maior o teor de cacau, mais benéfico é o produto, com versões no mercado de até 80% da fruta na sua composição. Ainda assim, segundo a Anvisa, obrigatoriamente o produto deve apresentar o mínimo de 25% de cacau”, explica Gomes, ao lembrar a existência de outros ingredientes neste tipo de receita, como açúcar e gordura, que aumentam as calorias.
Para a nutricionista Lisianny Cocri, a melhor forma de aproveitar os atrativos nutricionais é através do consumo in natura. “Ele tem sabor mais ácido e é mais claro do que o cacau alcalino, aquele que, ao passar pelo processo de alcalinização, diminui a quantidade de polifenóis e seus efeitos benéficos. Pode ser aproveitado tanto em pó, como em nibs”, orienta.
Ainda de acordo com a especialista, o rótulo do cacau em pó deve informar se o produto é alcalino. “Quando não tem, supomos que seja natural”, completa. Já o nibs sofre menor processamento, logo costuma ser o mais indicado para consumo. “Mas, cuidado, a fruta tem efeito estimulante, além de poder ser contaminado com fungos que podem sobrecarregar a função hepática e renal. Então, nada de comer em excesso e, à noite, ter cuidado na quantidade para não perder o sono”, alerta Cocri. Fonte: Folha PE
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