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Saiba como a Inovação está ajudando indústrias de pescado a diminuírem seus desperdícios

Saiba como a Inovação está ajudando indústrias de pescado a diminuírem seus desperdícios
27 de Novembro de 2019   |   Agronegócio | Bebidas e Alimentos

Cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados anualmente no mundo, o que corresponde a um terço do total produzido pela indústria alimentícia, segundo o relatório publicado em 2013 pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Como efeito desse desperdício, prejuízos econômicos em torno de US$ 750 bilhões são registrados todos os anos.


Mais de 50% do desperdício de alimentos no mundo ocorre nas etapas da produção, da manipulação pós-colheita e da armazenagem dos produtos, de acordo com o estudo da FAO. A fim de diminuir o desperdício na etapa de produção, resíduos são transformados em produtos de valor agregado dentro das indústrias de pescados.


Uma grande quantidade de resíduos orgânicos é gerada dentro da cadeia produtiva do pescado. Cabeças, escamas, peles, vísceras e carcaças são os principais resíduos do processamento do pescado e, dependendo da espécie de peixe processada e do produto final obtido, estes resíduos podem representar algo entre 60 a 72%.


A empresa cearense PISCIS, em parceria com o Centro de Excelência em Inovação (CEI) do Sistema FIEC, está desenvolvendo uma nova linha de produção industrial para o aproveitamento e transformação dos resíduos de tilápia. A linha criada já está em fase final de testes. O projeto visa a produção de uma farinha de peixe rica em proteínas, aminoácidos e energia, destinada para uso em rações animais balanceadas, que em breve chegará ao mercado.


A produção, caracterização química e avaliação do processamento dos resíduos do pescado, etapa que antecede a construção da linha de produção, apontou os primeiros dados para o estudo de viabilidade técnico-econômica do projeto. Para conhecer todos os detalhes deste procedimento, leia o artigo apresentado no XVII Encontro de Pós-graduação e Pesquisa da UNIFOR.


O projeto conta com o apoio do Edital de Inovação para a Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O edital prevê até R$ 400 mil em recursos de subvenção para que empresas façam projetos de pesquisa e desenvolvimento de produtos em parceria com unidades e institutos do SENAI e SESI em todo o país.
Através da inovação, a iniciativa contribui para agregar valor à produção de pescado, além de fortalecer a piscicultura no Estado do Ceará.


 

Fonte: Náyra Pinto - Engenheira de Alimentos, mestre e doutoranda em Engenharia Química na área de Processos Químicos e Bioquímicos


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